Penso que o desenho feito à lápis e borracha é como construir uma casa. Primeiro se constrói as bases, colunas e vigas para depois ir fazendo o resto em torno do que se tem como fundamentos da construção. Enfrentar uma folha em branco só com uma caneta é construir uma casa fazendo tudo ao mesmo tempo... Não se tem esboço. Enquanto cavo o solo construo o telhado também... É fascinante ver o desenho emergir do papel no traço firme e escuro do nanquin. Nesse processo vai-se driblando os erros transformando-os em emendas para coisas que não se tinha imaginado antes... Então é como se a ponta da caneta ou superfície do papel tivessem vida, agissem em conjunto para um terceiro aparecer: o desenho. Criatura que não saiu da imaginação do artista, mas da habilidade dele... É diferente pensar assim. Como se não fosse o artista quem produzisse a arte, mas como se esta surgirsse dum plano entre a pessoa e o papel, resultado do acaso. Acaso este por sua vez guiado pela mão que é coordenada pelos impulsos do cérebro. Mas a imagem não foi pensada. Ela surge no limite. Surge enquanto cada linha é traçada, numa sinfonia construtiva de incertezas.
haha
Eu estou inspirado hj
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Um comentário:
Gracias! Me gusta mucho como manejas la tinta, es una técnica que siempre me ha costado muchísimo!
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